Entrega incondicional
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Entrega incondicional
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Saber se livrar das pedras
por André Prado
Hoje, tenho a sensação de liberdade plena. Acabei me desapegando, inspirando e expirando o ar livre , sem que minha mente estivesse atormentada, por um sentimento alheio e desproporcional a minhas dores. Me livrei de um delírio que me assombrava. Como é bom a gente se perceber livre!! Mesmo porque, liberdade não é só o movimento de ir e vir, isto é básico, direito que, infelizmente, muitos neste mundo, onde existem ditaduras profanas, se quer tem. A liberdade de movimentos do pensamento livre, que, independente de certos blocos caducos e arcaicos da sociedade, se manifesta com sua plenitude e com o desejo de transformar a vida. Começo pela minha, que nos últimos meses, estava num labirinto de emoções perdidas e desperdiçadas, num movimento retrogrado e sem qualquer luz em meu caminho. Dei o meu primeiro passo, deixando pelo caminho um rastro de pedras imaginárias, se desprendendo do meu corpo, sem olhar para trás e me percebendo leve para ter forças em direção a um novo horizonte. Em cada passo que dava, o peso dessas pedras mentais, eram arremessadas para longe, e a leveza se tornava presente. Nesse momento entendi , que sem exercitar o amor com desapego e sem posse, carregamos um Container de ilusões, que ao invés de transbordar alegrias e a sensação de bem estar e felicidade, trás em si, lixo de desconfianças e manobras de controle e manipulação. Foi uma fase necessária, para um aprendizado, que me deu a certeza, que mais vale estar só do que mal acompanhado. Seguimos sozinhos, em frente e em busca de novas alternativas. A vida se transforma e segue em diante, quando existe a consciência do que nos prende e do que queremos nos livrar.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Delírios e fantasmas
Ahhhhh, minha gente, essas paixões são deliciosas e envolventes, dão asas a nossa imaginação, criam fantasias tão picantes, que parecem mergulhar num paraíso de delicias proibidas, em ondas de toques e sussurros. Mas quando se tornam frustrantes, corroem e corrompem aos poucos, sem que percebamos que estamos sendo guiados direto para o inferno. Principalmente, quando não há mais a sintonia fina que ligue emoção e êxtase, apenas posse e desejo. Seguindo esse caminho insano, se houver delírios em seus ciúmes, fantasmas assombrando essa transloucada paixão, seu ser jamais estará desprendido. Se houver desconfianças que lhe sopram aos ouvidos, isto será a algema em forma de dúvida, te torturando, presa ao seu sentimento. Se seu coração se submeter a triste e melancólica incerteza, a ponto de rastrear os passos de quem você não mais crê, com certeza, a paranoia já está em sua perseguição. Se a loucura da paixão passional estiver se apossando de ti, então, é o momento de ressurgir em sua lucidez, tendo a humildade e dignidade de perceber , que nada mais disto faz sentido e que é hora de se livrar do perigo, seguindo outro rumo, para reencontrar a paz e o equilíbrio, mesmo que tenhamos que renunciar ao vicio saboroso de se perder nos toques da amada e aos delírios alucinantes dessa paixão ardente que, um dia, foi intensamente flamejante. Melhor desistir, para não se perder de vez na loucura da desconfiança............ (André Prado)
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Ressurjo
Me sinto Fênix.
Entrei em auto-combustão emocional.
Hoje, ressurjo das cinzas, mais forte do que nunca.
Longe de mim sentir-me imortal,
mas estou mais vivo do que ontem.
Minha energia é um fogo brilhante,
emanando labaredas douradas e vermelhas,
nesse instante, me enchendo de força e luz,
combatendo com firmeza o flagelo da alma,
transporto num voo rasante, ofegante,
quase chegando ao fundo da destruição,
um suporte em forma de dor. Solto-a.
Dei um destino final a essa sensação aguda.
Meu fardo pesado se desprende de mim.
E na levesa do meu voo, me supero, me elevo,
escrevendo minha história,
que, pesada ou não, vai seguindo,
sendo o sujeito de meu destino,
completando seu ciclo nobre,
sentindo, que sempre valerá a pena,
apesar das farpas e dos espinhos.
..................................(Andre Prado)
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Amor em construção
Amor em construção
Eu amo você sim, meu amor,
não só de corpo e sexo,
amo você de alma e de sentidos,
de paixão e de noites mal dormidas,
visualizando seu rosto em cada canto,
ouvindo sua palavras em cada momento,
suas tristezas em meu sentimentos,
perdido sem sua presença,
triste com sua ausência,
buscando seu sorriso na mente,
seu abraço em fantasia, seu aconchego no meu peito,
sua lembrança em cada detalhe de seu rosto,
busco seu amor com seu cheiro, perfume e magia.
Eu amo você sim, meu amor,
por você me aceitar como sou, intenso, incompleto
buscando em mim, seus sonhos de ser amada,
despertando de novo seu coração, o pulsar de afeto e paixão,
amo nossas conversas demoradas, secretas que se misturam,
nossas brincadeiras de amor proibido, as escondidas,
como crianças atrevidas, fazendo arte a céu aberto, molecagem
amo seu abraço apertado me enlaçando com desejo,
se misturando ao meu corpo, envolvente,
sua personalidade marcante, que me faz pensar
esgotando todas as possibilidades, abrindo novas mensagens
seus lábios me tocando aos ouvidos, mordendo o lóbulo da orelha,
me lambendo os beiços e entrelaçando sua língua na minha,
amo nossas brigas de tempero e de visões diferentes,
amo a caminhada de um amor em construção, com toques e descobertas,
Nesse amor, somos completos, incompletos, iguais, diferentes.
Nos amamos! E isto é tudo que importa.
................................................................André Prado
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Entrelaçados
Entrelaçados
Aconteceu,
meu coração está entrelaçado ao seu, um sentimento que pulsa em mim, uma força que tomou conta, cresceu e só com o amor voce me venceu.
Aconteceu,
você me envolveu,
suas mãos me tocaram suaves,
seus desejos são meus, teus.
Nos misturamos a fina flor da pele e a sua metade se juntou a minha, onde meu coração é seu.
Aconteceu,
A vida se apresenta mais colorida, seu sorriso é um convite ao amor, seu calor me abriga nesse frio, seus beijos impulsionam a mais beijos,seus abraços me cobrem de paixão.E a vida é mais vida ao seu lado.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
vale quanto pesa
Seria possível acreditar no amor sem prazo de validade? Por que queremos tanto algo que jamais pode ser eterno?Adiantaria sugerir que se praticasse o desapego? Seus valores, suas idéias, seus sentimentos lhe permitissem viver um momento de entrega sem garantias? É possível se entregar a alguém que pode simplesmente ir embora, sem que eu, você, ou qualquer um possa evitar? Bem, a questão é que nunca nos conformamos que o amor tenha seus limites e momentos. Por mais que tenhamos a consciência de que tudo passa, que a cada dia existam mudanças no seu corpo, nas sua ideias, nos seus conceitos, na forma como vemos o mundo, essa mesma forma acontece, também, no desenvolvimento do amor, que não se difere dos acontecimentos e do desenrolar da história de vida onde, queiramos ou não, sua evolução acompanha esse doloroso processo de atualização predominantemente de afeto e cumplicidade. Então, por que insistir em algo que tenha seus dias contados, já que o limite pode ser a morte física ou emocional? Que sentido tem nos apegarmos tanto a uma pessoa, já sabendo que poderá haver a possibilidade, de tudo terminar, jamais admitida no calor da relação. Fecham-se as cortinas e termina o espetáculo, muitas vezes sem aplausos, provavelmente num auditório vazio e num profundo silencio dentro de nós. Por que as pessoas buscam tanto o amor absoluto, sabendo que nada é perfeito. Tudo é sabidamente transitório. Talvez, se as pessoas fossem desapegadas de modelos comportamentais, esteriótipos e de valores externos, sentiriam com mais frequência esse sentimento. Por mais que o ser humano seja bom, ele precisa estar acompanhado de um currículo pessoal, enumerando um histórico de sua perspectivas, expectativas, parecendo mais uma seleção dos mais destacados, para serem aceitos como afetos. Não seria por este motivo que as pessoas estivessem tão solitárias, exigindo que o amor pudesse ser moldado num quadro com bordas de ouro e brilhantes. Eu me dei conta, já a algum tempo, de que o efêmero é a chave do distanciamento que separa as pessoas do amor. É bem provável que muitos estejam sozinhos, já há alguns anos, por exigirem demasiadamente de seu semelhante. Acredito que houve uma inversão de valores, onde o preenchimento da história de cada ser humano, não se faz mais com sentimentos verdadeiros, admiração pelo ser humano em seus valores éticos e morais, entrega incondicional sem o apego passional, sem cobranças e garantias. O amor é consumido pela máxima proporção do Vale quanto pesa. No entanto, esse mundo que conhecemos mergulhado na modernidade mecânica, não conseguiu se desprender de contratos e leis, para garantir os relacionamentos, colocando o amor amarrado a regras de direito, quando deveria ser uma união de desejos e sentimentos incondicionais. Então se o papel do amor foi coisificado, por uma degeneração de poder, perdendo-se no ter, qual seria o verdadeiro sentido dessa emoção. O ser só tem sentido, quando, de fato, faz sua história de amor, se desapegando e permitindo viver um momento de entrega sem garantias. Mas isto não significa uma única história de amor, mas se permitindo vivenciar, tantas quantas forem necessárias, para sentir-se pleno e feliz nesta breve passagem pela vida. O sentimento de amor está sempre se renovando e se não fossem as convenções estúpidas e burguesas, provavelmente o amadurecimento e a contribuição de cada um, seria o bastante para que as relações se desenvolvessem sem sentimento de posse e sem serem destrutivamente passionais. Culturalmente, acho que o sentimento de amor foi totalmente descaracterizado e mediocrizado pela acumulo do ter, renegando o ser. É inegável e visível que os sentimentos humanos se deixaram corromper pela volubilidade de uma vida banalizada, se nivelando abruptamente na escala de valoração social. .............................................André Prado
terça-feira, 5 de junho de 2012
Voo livre de boteco
Voo livre de boteco
Como eu me divirto nesses botecos da vida. Aqui no meu bairro, existe uma grande frequência de botequeiros ligados a aviação, justamente por ser próximo ao aeroporto de Congonhas. Nas noites de folga, pilotos, aeromoças, comissários de voo, controladores de voo, engenheiros de manutenção sempre passam as madrugadas rindo e bebendo muito, extravasando o stress dessa loucura chamada aviação civil, já que são obrigados a ficarem mais de 8 horas com os pés em pleno ar e fechados em cabines, se deslocando em pontes aéreas ou voos internacionais. Se alguém acha que ser profissional da aviação é só glamour e diversão, pelo fato de estarem viajando e conhecendo novos lugares se enganam. Segundo o que pude apurar, muitos estão sob um intenso stress, devido a vida nômades que levam, já que não criam raízes e perdem a noção de normalidade. Os horários são malucos e descompassados. A alimentação é completamente feita em hotéis, o que não significa necessariamente ser saudável e balanceada. Muitos inclusive perdem peso, por ficarem horas expostos a pressurização e uma oxigenação artificial inferior aos níveis normais no interior do avião. Bem, aqui não é nem hora e lugar para ficar ficando falando de saúde e bem estar. O assunto é outro. O Dr. global Drauzio Varella pode explicar melhor do que eu, o fantástico e louco mundo da aviação.
Nesse divertido circulo de amizades de botequim, em um domingo com cara de final de noite, encontro um amigo de velhas baladas, o cara tem o apelido de "cabelo", não me perguntem porque, acho que nem ele sabe explicar. Na verdade esses caras jovens, com menos de 35 anos, que frequentam os mais variados botecos de meu bairro, são verdadeiros galinhas, muitos deles atraídos pela enorme passarela, onde desfilam lindas comissárias no pedaço. Interessante como existe, ainda, um fetiche desproporcional com essas meninas. Não entendo tanto glamour, são meninas simples, com uma beleza natural, sem serem diferentes de tantas mulheres lindas e batalhadoras que já vi em minha vida. Parece que muitos homens fantasiam loucuras com as moças uniformizadas, viajando em suas curvas insinuantes nos lugares, digamos, mais inadequados e perigosos. Algo como delirar em banheiro de aviões, onde comissária e cliente se entrelaçam em carícias acompanhando o movimento suave ou turbulento da nave, por exemplo. Tipo Britney Spears, naquele vídeo de mal gosto intitulado "toxic", lembram. Tá legal, sexo a gente faz onde tem vontade e gosto não se discuti. Mas, mesmo nos lugares adequados, podem acontecer acidentes de percurso. Foi o caso do "Cabelo", que ao me contar seu drama, não pude mais parar de rir.
Segundo a versão do cara, ele esteve nesse mesmo boteco e tinha conhecido uma comissária linda, daquelas que, segundo ele, todo homem sonha em ter na cama. Bronzeada, loira, malhada, com seus 20 e poucos anos, carioca e extremamente sensual. Pois bem, todo galinha tem seu dia de castigo. Conversa vai, conversa vem, petisco daqui, espeto de carne dali e muita cachaça à dois, rola um clima muito romântico, para aquecer os corações dos pombinhos. De repente, não mais que de repente, acontece o vuco vuco da noite, mão naquilo, aquilo na mão, com a garota convidando ele para ir ao hotel, onde estava hospedada. Mas, quem é da aviação sabe que hospedaria de comissária, mais parece pensão ou albergue de estudante, sempre cabe mais um. Lá chegando, os pombinhos encontraram as coleguinhas de profissão dessa comissária carioca, cerca de sete meninas, todas mergulhadas no seus afazeres. Recolhendo as roupas, calcinhas, camisinhas e outros inhas espalhados pelo chão do apartamento. Sem outra alternativa e com toda disposição ainda aflorada na pele dos pombinhos, foram a um motel perto. Lá chegando, enfim sós. As preliminares estavam cada vez mais intensas, corpos molhados de excitação e respiração ofegante. Ardorosamente ficam loucos de desejos. O clima esquenta e o "cabelo" percebe que seu avião decola, já empinado o nariz acima para o encontro tão esperado em direção a lua. Quando tentam chegar ao finalmente, eis que o cara começa a suar frio, ficar com a expressão contorcida no rosto e senti uma pontada aguda na barriga. Pensou logo naqueles malditos espetinhos de carne, a casa tava caindo literalmente. Ele precisava bater um fax urgentemente, não dava pra adiar. A coisa estava tão dramática, que brochou no ato. Pediu licença pra garota e se dirigiu ao banheiro, sem maiores explicações. Espalhada na cama, a doce menina não sabia o que fazer. Deu de bruços e esperou Don Juan voltar ao seu ninho de amor. Entrando no banheiro, "cabelo" ficou paralisado, sem ação. Reparou que a divisória do banheiro era de vidro e transparente, naquele momento ele travou. Como se sentir a vontade, sentado na privada com a garota olhando. Maldito banheiro, pensou ele, nem venezianas tinha para que ele pudesse manter o mínimo de privacidade. Deu desespero, o trem já estava correndo a solta pelo túnel. Definitivamente ele não se sentia a vontade para soltar gazes e ruídos deliciosos, curtos e longos naquele momento. Ainda mais, que nos anais desse pesadelo, o sons eram mesclados, esguelados e com ecos Pegaria mal, não dava. Imaginem, aquela menina linda olhando para ele, sentado na privada com nojo de vê-lo se limpando. . Sem dúvida, brocha qualquer tesão feminino. Disfarçou que ia tirar água dos joelhos e tentou contornar aquele dor de barriga. Ele bem que tentou voltar. Mas quando o avião de olho cego empinava, o trem queria sair pelo túnel aos fundos. Um conflito de desejos reprimidos. Uma disfunção de entrada e saída. Quando percebeu que não dava mais para aguentar, inventou a primeira idiotice que lhe venho a mente. Simplesmente se vestiu e pediu a garota para fazer o mesmo. A menina sem saber o que estava acontecendo se sentiu culpada e lhe disse: O que estaria ela fazendo de errado? Ele deu de bruços e disse que estava em conflito com sua consciência e que estava pensando na ex namorada. Pode? Fedeu ainda mais. E nem namorada o cara tinha. Trocaram de roupa rapidamente e deixou a arrasada comissária no hotel. É claro, que a traumatizada menina, além de querer esquecer aquele noite de tesão retraído, nunca mais iria querer ver a cara do pastelão arrependido. O cara saiu em disparada suando frio, com dor de barriga até a sua casa e, quando finalmente pode sentar na privacidade de sua amada privada, sentiu espasmos de prazer e teve o orgasmo merecido daquela noite. Com direitos a ruídos esquelados e ecos a vontade. Foi um êxtase, que ele jamais vai esquecer. Ahhhh, como eu gosto dese voo livre dos botecos, só risadas e alegrias.
.................................................................................................André Prado
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Recomeço
Recomeço
Hoje, um sentimento de algo incompleto. Necessidades de mudanças. A vida está por fazer e pedindo novas alternativas. O inacabado é sempre algo que nos impulsiona, é a urgência de expansão. Uma sensação de redefinição, próprio de quem nunca se contenta com o óbvio. Sinto a respiração cansada, como se estivesse vindo de uma longa jornada, mais um ciclo, entre tantos, se fechando. O tédio e o vazio tomaram conta de mim. Tenho que respirar novos ares, encher os pulmões de uma atmosfera oxigenizada e livre, expandir o peito em direção ao alternativo, buscar novos caminhos, adentrar aventuras e me infiltrar no inexplorado. Hoje, é o dia do recomeço, o marco da reconstrução, um novo ciclo para provar minhas potencialidades, mergulhar no desconhecido, sentir minhas possibilidades e amplia-las. Hoje eu renasço e recrio minha vida. Como se fosse a lua nova, refletida na luz do sol, buscando crescer seu corpo astral, formando a unidade interior, lhe sorrindo por dentro e expandindo sua energia, até atingir a sua fase cheia. Um novo ciclo repleto de descobertas virtuosas se inicia. É a vida inquieta se manifestando.
..................................................André Prado
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Almas que não se separam
Você não vai admitir, mas tenho certeza está sentindo. Provavelmente esteja com raiva, mágoa, tristeza e confusa.. Tudo isto vai passar. Temos uma atração tamanha, algo tão intimo, um força conjunta com base no amor, tão grande, que jamais conseguiríamos desenvolver estando separados. Tenho certeza, algo me diz que nos encontraremos outra vez. Mas, por enquanto, precisamos ficar separados até que cada um se encontre, só assim é possível nos encontrarmos. Os nossos erros ficarão para trás, porque temos uma identificação de almas. Disto eu não tenho a menor dúvida. Se vc não quiser acreditar, mas eu sinto isto.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Aconchego
Aconchego
Me aconcheguei no seu calor.
senti suas mãos quentes,
acolhendo meu rosto com todo seu ardor.
Seus lábios desenhados, acolheram os meus,
Em meio ao frio, agasalhamos um ao outro,
Entre toques de língua, os beijos soltos são teus.
Sinto sua pele a me enlouquecer de desejo,
cumplicidade de caricias escondidas, ocultas,
pudor ignorado a céu aberto, delicias marcando o ensejo,
roubamos a cena, fizemos amor, delírio, loucuras, doidejo.
O tempo parou ali, existindo apenas o sublime nos alinhando,
almas entregues ao afeto, sem se importar com mais nada,
a não ser um maravilhoso encontro de sentimentos.
Finalmente, os corações se assumem, se revelam,
e nada é tão maravilhoso, quanto duas pessoas que se amam
............................................ André Prado
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Pedaço de mim
Pedaço de mim
Ao som do U2, vivi alguns dos meus melhores anos. As bandas cover dos anos 80, estavam estourando com as letras de Bono Voxi, explodindo nos palcos das noites de São Paulo. O principal espaço do rock paulistano se concentrava no bairro da bela vista, na rua treze de maio e centro, onde haviam espaços, como Café Piu-Piu, Madame Satã, Radar tanta e um em especial, Café Pedaço, onde conheceria uma frequentadora que iria mudar minha vida radicalmente. Era o mês de janeiro de 85, onde uma das melhores bandas cover, Columbia Rock, se apresentava nessa casa noturna. Estava com quase 28 anos de idade, um jovem sonhador, estudante de sociologia que adorava os The Beatles e os The Rolling Stones, curtindo solitariamente mais uma balada de sábado a noite. Num dos intervalos da apresentação da banda, fiquei encostado ao balção do bar, tomando minha cerveja, sempre tímido, buscando apenas um divertimento, sem grandes pretensões. Sem saber de onde ela surgiu, uma menina de cabelos cor de mel, pequenininha, vindo em minha direção, se aproximou e me ofereceu um gole de sua coca -cola e me disse, claramente sem meio termo, que queria me conhecer. Fiquei estático, sem saber o que dizer, afinal não era comum uma mulher nos anos 80 tomar a iniciativa de uma paquera tão direta assim. Ela se assustou com sua própria atitude ou será que foi com meu espanto, nunca vou saber, se afastando quase em fuga de vergonha. Segui ela até o mezanino, porque apesar do espanto gostei do seu atrevimento, puxando conversa logo em seguida .Era uma menina realmente, com seus 19 anos, vindo de um noivado fracassado, triste e a procura de uma nova companhia. Conversamos quase a noite toda, descobrimos algumas coisas em comum e a partir daí, ficamos juntos durante 18 anos e tivemos dois filhos. Felicidade? Bem, isto é uma outra história. O que valeram foram alguns bons momentos felizes , marcados pelo rock e pela juventude. Enfim, o que se leva da vida é a vida que se leva.
.....................................................................................André Prado
amor cego
Passa a dor e vem uma certa paz. O coração está livre de novo e os olhos alheios lá fora, despertam os seus novamente para a vida. Um cotidiano insistente, rodeando um ser vazio, conformado com a perda. Tudo se torna rotina, acontecendo novamente como um relógio monótono, marcando um leve lamento em pensamento, do que poderia ter sido mas não foi, uma sombra triste que desassossega a alma com a expectativa frustrada, tal foi a brincadeira da Deusa Vênus, que lhe pregou uma peça de mal gosto. Fica a certeza que a mentira ou a omissão não é, e nunca vai ser, justificativa, por mais legitimas que sejam suas razões, para fechares a cortina, encobrindo a corrente de seu desgovernado coração, cedendo à volúpia cega e fora dos limites, isto não serve para expandir o amor.
.........................................................André Prado
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Amor com gosto de chocolate
Devagarinho, bem devagarinho eu quero saborear seu corpo assim. Me misturar a seu calor e ao doce desejo de seus beijos, ao sentir sua pele, sua respiração e seus gemidos de prazer. Não estou por inteiro por um desleixo da natureza, que me pregou uma peça, mas meu coração está irradiado do seu ser. Te amo, tenho certeza disto agora.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Parábola da mulher escorpiana
Parábola
O homem e a mulher Escorpiana
Certa vez, uma linda mulher-escorpião aproximou-se de um homem que estava na beira do rio das tentações. Um rio onde quem tocasse em suas águas ficaria paralisado e apaixonado, se perdendo e ficando cego de amor. O homem como era filho da natureza aprendeu a se imunizar das águas do rio da tentações, rio da louca paixão, mas tinha medo do ferrão da escorpiana, que inoculava o veneno doce do desejo e do êxtase dos apaixonados, fazendo com que suas presas ficassem sob seu domínio.
A escorpiana vinha fazer um pedido:
"meu querido , você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
O homem respondeu: "Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou me entregar completamente a paixão."
Disse a escorpiana: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos ficaríamos paralisados, eu também me apaixonaria. Se esqueceu que o rio é fatal pra mim?"
Confiando na lógica da linda escorpiana, o homem concordou e levou-a nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpiana cravou seu ferrão de sedução no homem.
Atingido pelo veneno do êxtase, e já começando a paralisar de paixão, o homem voltou-se para a bela escorpiana e perguntou: "Por quê? Por quê?"
E o escorpiana respondeu: "Por que essa é a minha natureza animal, tenho sede de paixões..", sem saber o homem, que a imunização da alma escorpiana, era a própria paixão contida no embrião do ser, dissolvido no ar que respira, no fogo e no calor ardente de seu corpo e na seiva da terra molhada de desejo, da qual sua essência feminina se alimentava.
sábado, 7 de abril de 2012
Alma de Artista
Alma de Artista
Ahhh, eu tenho inveja do artista,
aquela sensação branca de admiração,
daquele mundinho tão simples,
com o sorriso, a voz e um violão debaixo do braço,
tudo que ele precisa para ser feliz.
Uma letra poética em sua companhia,
relembrando seus momentos de amor,
contemplando a vida, do amanhecer ao anoitecer,
misturando lágrimas e lembranças na arte de viver,
notas musicais com pitadinhas de saudades e alegrias,
envolvendo ritmos e movimentos que vão as alturas,
sonhando com o universo dos sentimentos, tocando a alma.
Ahhh, eu tenho inveja, sim. Quero ter essa alma de artista.
Tudo que ele precisa é da melodia dos sonhos e das estrelas,
palco iluminado de sua estrada, onde espalha energia boa.
Por onde passa, se torna o interprete e voz das multidões,
cantam, contestam tudo o que nega a vida,respiram notas musicais
trovadores nobres, que espalham amor, aflorando os sentidos,
se pudessem escolher, tenho certeza, morreriam em cima de um palco,
mas iriam felizes, porque estariam se despedindo no seu melhor estilo,
sendo abraçados pelo calor humano e dando seu adeus com aplausos a vida.
..................................................................................André Prado.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Fernando Pessoa
terça-feira, 6 de março de 2012
Cálida solidão
Cálida Solidão
Um olhar em meio a solidão,
despe a minha alma, me vejo tão longe,
toco o que me cerca, um mundo a volta,
mas só sinto a minha mente girar,
vislumbro as torres e as luzes, em meio ao silencio,
a noite calada, só me faz me deparar com meu eu,
de frente ao impacto, meus conflitos são pétalas
que desfolham mortas, caídas ao chão.
Carrego nos ombros a paralisia da memória,
desfalecida, sem sentido, ela me corrói nesse abandono,
é tempo de girar ao redor e saber o que me desliza a mente.
Cálida solidão não é a ausência, mas percepção.
Introspectiva é a sua fonte, jorrando sensações mil.
Minha única companhia é a música,derradeira fortaleza da alma,
com a notas viajo mundo afora, me vejo em outras dimensões.
Vislumbro outros mundos, vasculho outras possibilidades, me adentro,
rabisco meus fantasmas, que me atormentam, saio de marcha ré,
vou em direção a continentes inexplorados, buscar um sentido e a minha verdade.
Esse encontro tridimensional é um abraço sem fronteiras,
um beijo sem limites, um êxtase interminável, uma maluquez divertida,
talvez seja loucura, quem pode saber, são ondas de uma consciência inquieta,
só sei que há uma certa altura da vida, até mesmo as fronteiras da fantasia se tornam pesadas,
os limites não se ampliam mais como antes e é preciso repensar caminhos e refazer a vida.
Nesse instante eu percebo, que a vida é conflito entre o imaginário e a real gangorra do finito.
........................................................................André Prado
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