segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Saber se livrar das pedras


Saber se livrar das pedras
                                              por André Prado

Hoje, tenho a sensação de liberdade plena. Acabei me desapegando, inspirando e expirando o ar livre , sem que minha mente estivesse atormentada, por um sentimento alheio e desproporcional a minhas dores. Me livrei de um delírio que me assombrava. Como é bom a gente se perceber livre!! Mesmo porque, liberdade não é só o movimento de ir e vir, isto é básico, direito que, infelizmente, muitos neste mundo, onde existem ditaduras profanas, se quer tem. A liberdade de movimentos do pensamento livre, que, independente de certos blocos caducos e arcaicos da sociedade, se manifesta com sua plenitude e com o desejo de transformar a vida. Começo pela minha, que nos últimos meses, estava num labirinto de emoções perdidas e desperdiçadas, num movimento retrogrado e sem qualquer luz em meu caminho. Dei o meu primeiro passo, deixando pelo caminho um rastro de pedras imaginárias, se desprendendo do meu corpo, sem olhar para trás e me percebendo leve para ter forças em direção a um novo horizonte. Em cada passo que dava, o peso dessas pedras mentais, eram arremessadas para longe, e a leveza se tornava presente. Nesse momento entendi , que sem exercitar o amor com desapego e sem posse, carregamos um Container de ilusões, que ao invés de transbordar alegrias e a sensação de bem estar e felicidade, trás em si, lixo de desconfianças e manobras de controle e manipulação. Foi uma fase necessária, para um aprendizado, que me deu a certeza, que mais vale estar só do que mal acompanhado. Seguimos sozinhos, em frente e em busca de novas alternativas. A vida se transforma e segue em diante, quando existe a consciência do que nos prende e do que queremos nos livrar.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Delírios e fantasmas



Delírios e fantasmas

Ahhhhh, minha gente, essas paixões são deliciosas e envolventes, dão asas a nossa imaginação, criam fantasias tão picantes, que parecem mergulhar num paraíso de delicias proibidas, em ondas de toques e sussurros. Mas quando se tornam frustrantes, corroem e corrompem aos poucos, sem que percebamos que estamos sendo guiados direto para o inferno. Principalmente, quando não há mais a sintonia fina que ligue emoção e êxtase, apenas posse e desejo. Seguindo esse caminho insano, se houver delírios em seus ciúmes, fantasmas assombrando essa transloucada paixão, seu ser jamais estará desprendido. Se houver desconfianças que lhe sopram aos ouvidos, isto será a algema em forma de dúvida, te torturando, presa ao seu sentimento. Se seu coração se submeter a triste e melancólica incerteza, a ponto de rastrear os passos de quem você não mais crê, com certeza, a paranoia já está em sua perseguição. Se a loucura da paixão passional estiver se apossando de ti, então, é o momento de ressurgir em sua lucidez, tendo a humildade e dignidade de perceber , que nada mais disto faz sentido e que é hora de se livrar do perigo, seguindo outro rumo, para reencontrar a paz e o equilíbrio, mesmo que tenhamos que renunciar ao vicio saboroso de se perder nos toques da amada e aos delírios alucinantes dessa paixão ardente que, um dia, foi intensamente flamejante. Melhor desistir, para não se perder de vez na loucura da desconfiança............ (André Prado)