sábado, 24 de setembro de 2011

A servidão da vida moderna

                           
                         
                 A servidão da vida moderna


Não dá pra colocar superlativos, qualificativos, adjetivos na espécie humana. Tanto homens como mulheres estão num processo de transformações continuas, em função de uma engrenagem estúpida, no qual, não são os reais beneficiários do sistema. Não tenho dúvidas, que as mulheres, produtivamente e psicologicamente , estejam mais avançadas que os homens. No entanto, não acho que o ser humano seja complicado por ser plural.Complicado sim, é termos que corresponder as expectativas e as necessidades de uma sociedade desenfreada. Cheguei a conclusão, que homens e mulheres estão sendo envolvidos e enganados num artificio fraudulento, que nos rouba todas nossas potencialidades e não produz a verdadeira felicidade. Alguém já se perguntou a quem serve o desenvolvimento de nosso potencial humano, no contexto dessa sociedade desenfreada? Será mesmo que nossa capacidade de aperfeiçoamento, trás em si o crescimento pessoal em nosso proveito? Será mesmo, que homens e mulheres são livres ou são serviçais de uma escravidão voluntária? Me faço essas perguntas várias vezes quando avalio a visão desencontrada que homens e mulheres tem um do outro. Na verdade somos vitimas de tantas rotulações, manipulações, condicionamentos, ideologias, de toda espécie, que acabamos por esquecer que somos humanos e que não nascemos assim ou daquele modo, nos tornamos o que somos pela convivência social. . Mulheres precisam provar, cada vez mais, que são capazes, devido ao machismo, quando sabemos que são capazes. Não tem sentido isto. Homens necessitam aprender e dar um salto cultural, se reeducando em seus conceitos machistas, porque já não acompanham as mulheres contemporâneas. E nesse conflito dos sexos, se esconde o grande vilão, que não está de corpo presente, mas que interfere no nosso modo de relacionamento e de percepção real na visão um do outro, chama-se a servidão da vida moderna. É como se fosse uma bola de neve, vai arrastando e se agigantando, tudo em função do crescimento e das novas necessidades dessa vida moderna, que não leva em consideração a necessidade reais de ambos os sexos, mas apenas em se apropriar do nosso tempo, de nosso esforço, de nosso distanciamento pela competitividade e consequentemente do nosso empobrecimento em detrimento das metas, esquemas, dinheiro e anulação total de nossa liberdade de interagir nesse esquema produtivo suicida, que requer  ritmo acelerado  nessa sociedade de abelhas operárias, alimentando, insaciavelmente,  as rainhas da ordem econômica e a exploração da iniciativa privada. Será que  é este o caminho para que ambos consigam realizar suas reais potencialidades e atinjam  a felicidade plena. Nesse esquema de metas parasitas eu duvido  que possamos enxergar uns aos outros com a sensibilidade do  ser humano real....................................................................Andre  Prado