quinta-feira, 10 de maio de 2012

amor cego



Amor cego

Passa a dor e vem uma certa paz. O coração está livre de novo e os olhos alheios lá fora, despertam os seus novamente para a vida. Um cotidiano insistente, rodeando um ser vazio, conformado com a perda. Tudo se torna rotina, acontecendo novamente como um relógio monótono, marcando um leve lamento em pensamento, do que poderia ter sido mas não foi, uma sombra triste que desassossega a alma com a expectativa frustrada, tal foi a brincadeira da Deusa Vênus, que lhe pregou uma peça de mal gosto. Fica a certeza que a mentira ou a omissão não é, e nunca vai ser, justificativa, por mais legitimas que sejam suas razões, para fechares a cortina, encobrindo a corrente de seu desgovernado coração, cedendo à volúpia cega e fora dos limites, isto não serve para expandir o amor.
.........................................................André Prado

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