sexta-feira, 27 de julho de 2012

Amor em construção




                      Amor em construção





Eu amo você sim, meu amor,
não só de corpo e sexo,
amo você  de alma e  de sentidos, 
de paixão e de noites mal dormidas,
visualizando seu rosto em cada canto,
ouvindo sua  palavras em cada momento,
suas tristezas em meu sentimentos,
perdido sem sua presença, 
triste com sua ausência,
buscando seu sorriso na mente,
seu abraço em fantasia, seu aconchego no meu peito,
sua lembrança em cada detalhe de seu rosto,
busco seu amor com seu cheiro,  perfume e magia.

Eu amo você sim, meu amor,
por você me aceitar como sou, intenso, incompleto
buscando em mim, seus sonhos de ser amada, 
despertando de novo seu coração, o pulsar de afeto e paixão,
amo nossas conversas demoradas,  secretas que se  misturam,
nossas brincadeiras  de amor proibido, as escondidas,                                    
como crianças atrevidas,  fazendo arte a céu aberto, molecagem
amo seu abraço apertado  me enlaçando com desejo,                            
se misturando ao meu corpo, envolvente,
sua personalidade marcante, que me faz pensar                                
esgotando todas as possibilidades, abrindo novas mensagens
seus lábios me tocando aos ouvidos, mordendo o lóbulo da orelha,
me lambendo os beiços e entrelaçando sua língua na minha, 
amo nossas brigas de tempero e de visões diferentes,
amo a caminhada de um amor em construção, com toques e descobertas, 
Nesse amor, somos completos, incompletos, iguais, diferentes. 
Nos amamos! E isto é tudo que importa.

................................................................André Prado



















segunda-feira, 23 de julho de 2012

Entrelaçados

Entrelaçados

Aconteceu,
meu coração está entrelaçado ao seu, um sentimento que pulsa em mim, uma força que tomou conta,  cresceu e só com o  amor voce me venceu.

Aconteceu,
você me envolveu,
suas mãos me tocaram suaves,
seus desejos são meus,  teus.
Nos misturamos a fina  flor da pele  e a sua metade se juntou a minha,  onde meu  coração é seu.

Aconteceu,
A vida se apresenta  mais colorida, seu sorriso é um convite ao amor, seu calor me abriga nesse frio, seus beijos impulsionam a mais beijos,seus abraços me cobrem  de paixão.E a vida é mais vida ao seu lado.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

vale quanto pesa



Vale quanto pesa

Seria possível acreditar no amor sem prazo de validade? Por que queremos tanto algo que jamais pode ser eterno?Adiantaria sugerir que se praticasse o desapego? Seus valores, suas idéias, seus sentimentos lhe permitissem viver um momento de entrega sem garantias? É possível se entregar a alguém que pode simplesmente ir embora, sem que eu, você, ou qualquer um possa evitar? Bem, a questão é que nunca nos conformamos que o amor tenha seus limites e momentos. Por mais que tenhamos a consciência de que tudo passa, que a cada dia existam mudanças no seu corpo, nas sua ideias, nos seus conceitos, na forma como vemos o mundo, essa mesma forma acontece, também, no desenvolvimento do amor, que não se difere dos acontecimentos e do desenrolar da história de vida onde, queiramos ou não, sua evolução acompanha esse doloroso processo de atualização predominantemente de afeto e cumplicidade. Então, por que insistir em algo que tenha seus dias contados, já que o limite pode ser a morte física ou emocional? Que sentido tem nos apegarmos tanto a uma pessoa, já sabendo que poderá haver a possibilidade, de tudo terminar, jamais admitida no calor da relação. Fecham-se as cortinas e termina o espetáculo, muitas vezes sem aplausos, provavelmente num auditório vazio e num profundo silencio dentro de nós. Por que as pessoas buscam tanto o amor absoluto, sabendo que nada é perfeito. Tudo é sabidamente transitório. Talvez, se as pessoas fossem desapegadas de modelos comportamentais, esteriótipos e de valores externos, sentiriam com mais frequência esse sentimento. Por mais que o ser humano seja bom, ele precisa estar acompanhado de um currículo pessoal, enumerando um histórico de sua perspectivas, expectativas, parecendo mais uma seleção dos mais destacados, para serem aceitos como afetos. Não seria por este motivo que as pessoas estivessem tão solitárias, exigindo que o amor pudesse ser moldado num quadro com bordas de ouro e brilhantes. Eu me dei conta, já a algum tempo, de que o efêmero é a chave do distanciamento que separa as pessoas do amor. É bem provável que muitos estejam sozinhos, já há alguns anos, por exigirem demasiadamente de seu semelhante. Acredito que houve uma inversão de valores, onde o preenchimento da história de cada ser humano, não se faz mais com sentimentos verdadeiros, admiração pelo ser humano em seus valores éticos e morais, entrega incondicional sem o apego passional, sem cobranças e garantias. O amor é consumido pela máxima proporção do Vale quanto pesa. No entanto, esse mundo que conhecemos mergulhado na modernidade mecânica, não conseguiu se desprender de contratos e leis, para garantir os relacionamentos, colocando o amor amarrado a regras de direito, quando deveria ser uma união de desejos e sentimentos incondicionais. Então se o papel do amor foi coisificado, por uma degeneração de poder, perdendo-se no ter, qual seria o verdadeiro sentido dessa emoção. O ser só tem sentido, quando, de fato, faz sua história de amor, se desapegando e permitindo viver um momento de entrega sem garantias. Mas isto não significa uma única história de amor, mas se permitindo vivenciar, tantas quantas forem necessárias, para sentir-se pleno e feliz nesta breve passagem pela vida. O sentimento de amor está sempre se renovando e se não fossem as convenções estúpidas e burguesas, provavelmente o amadurecimento e a contribuição de cada um, seria o bastante para que as relações se desenvolvessem sem sentimento de posse e sem serem destrutivamente passionais. Culturalmente, acho que o sentimento de amor foi totalmente descaracterizado e mediocrizado pela acumulo do ter, renegando o ser. É inegável e visível que os sentimentos humanos se deixaram corromper pela volubilidade de uma vida banalizada, se nivelando abruptamente na escala de valoração social. .............................................André Prado