quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

PLANETA AGONIZANTE










PLANETA AGONIZANTE


Planeta azul,
terra, mãe natureza.
Floral, templo verde das matas
ventre que abriga a inocência dos
pequenos e grandes seres silvestres.
Sua aura brilha no espaço,
intensamente iluminada e aquecida
pelos raios de sol.
Mas, na contra mão de seu destino,
surpeendida, urge os cavaleiros do
holocausto.

As riquezas de sua beleza, despertam
a cobiça das sombras do progresso falso.
Sua paz foi violada, querem se apoderar
do que não lhes pertencem.
Os alienados do cifrão imoral,
exploram sua essência, sem
medir as consequências.

Mãe natureza.
O que fizeram os débeis, no poder.
Queimaram e arrancaram sua mata nativa.
Poluíram seus rios.
Abafaram o ar que respira.
Conspiraram contra a sua ordem natural,
perderam a noção vital de sua leveza.
Furações, desordenados, anunciam a
sua revolta.
Estamos condenados a morrer, pelo
colapso do jardim planetário.
A natureza devolve o que recebe.

Terra mãe,
suas lágrimas, de dor, inundam
os quatro cantos.
Indignada e ferida está ardendo
em febre.
Falta-lhe o ar.
Seu suor frio, desagua e encobre
a encosta de seu corpo continental.
Por que essa marcha ensana, a caminho
da morte?
A marcha do tio San, parece um câncer
que se espalha pelo mundo.
Nem mesmo, a natureza humana escapa
de seus tentáculos.
Se não renovada, sabem que a natureza
se esgota e perece.
Mesmo assim estão alheios, se fazem de
surdos,mudos e cegos.

Planêta Terra,
a Amazônia pede socorro.
Os rios, estão banhados de peixes mortos.
As grandes crateras, invadem as poucas
matas que restaram.

Rio, 50 graus, aquecimento global.
São Paulo, sufocante e asfixiada.
Paris, Londres, Tóquio e Nova York,
cidades submersas.
Quando isto acontecer, seremos reféns
de nosso instinto assassino.
Ao invés das bombas atômicas, que
amedrontam os chefes de estado,
a barbárie virá pelo decaso de nossas
conciências.
Alheias, ao toque destruidor da
modernidade ensana, jamais veremos
outra vêz,o nome sagrado,

que inspirou os grandes poetas,
conhecida na lembraça

dos sobreviventes, como mãe natureza.
...................................................................ANDRÉ PRADO


Um comentário:

lulucian disse...

maravilhoso poema sobre a degradação do planeta, sobre a burrice humana, que insiste em ignorar que as consequências estão cada vez mais próximas. continue com suas idéias. a vida agradece! bjs