segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O amor consciente não é cego.



O amor consciente não é cego.
                                                      por André Prado



O amor realmente é uma construção sempre muito tênue, podendo estar entre o paraíso e o inferno, no sentido afetivo e emocional da palavra. Não é fácil realmente administrar desejos e vontades, mentes e corações, e quando o encanto se quebra, por mais que exista momentos felizes, a voz interior te sacode até você perceber a ruína de um sonho, onde os seus destroços emocionais ficam vagando por uma imensidão vazia. Em dado momento, você  tem a falsa sensação de fracasso e frustração, ao dizer adeus a tudo isto que, um dia pensava ser uma realização de sua vida, mas que na verdade foi um doce delírio. Chega mesmo a se curvar diante de tamanha impotência, a ponto de tatear para buscar novas referencias, perdidas no interior de sua escuridão, até achar um novo porto seguro e uma luz no fundo do túnel.. E aí, seu coração percebe nitidamente que pode reconstruir a sua vida, em cima de alicerces marcados por cicatrizes. Ao menos seguir em frente, mesmo ainda sentido a sensação de desencanto. Afinal, a vida não é só felicidade, mas amadurecimento para absorver os impactos da desilusão. Não existe nada, absolutamente nada a lamentar, quando se percebe que o amor, que um dia você acreditava sentir, se tornou um estranho na sua vida. Porque a partir daí, é preferível o rompimento, a solidão e o vento frio, do que perder o sonho e entender que é possível senti-lo novamente. O amor não foi feito para ser cego, mas consciente de que isto é compartilhado lealmente e incondicionalmente.

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