domingo, 24 de janeiro de 2010

FRONTEIRAS






FRONTEIRAS

Mudar não é apenas uma atitude ocacional. Não é um desejo contido. Não é um grito de liberdade. É um processo doloroso, que pode levar horas, dias, anos ou nunca. Nenhum ser humano tem vocação natural para ser imóvel. Criamos nossas jaulas interiores. A paralisia é uma delas. Por mais que  digam não se tratar de mudança, a imobilidade faz parte integrante do processo de transição interior. Vamos construindo pouco à pouco a escalada da liberdade. Mas não se iludam, não existe mudança sem dor. Pois é ela que cria a necessidade e desvenda nossas descobertas ocultas. Para sentir prazer é necessário ter o parâmedro da dor. O eixo dessa relação, em extremo conflito, pode ser o motor que move as fronteiras da vida humana. Portanto, em determinados momentos íntimos, não existem vozes que mudem o seu destino, a não ser sua voz interior,  que grita de dor quando a vida se torna insuportável. 
                                                                                                   ANDRÉ PRADO

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