segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Melodia da Utopia




Melodia da utopia


Quando nasci, 
talvez eu tivesse sido marcado,
o inferno foi  a melodia da minha vida,
me perdi desde o início, estive no escuro,
cresci sem saber exatamente um caminho,
foram sentimentos de dor e solidão,
uma rede de intrigas e ódios sedimentados.


Quando me perdi,
lá se foram,  fragmentos do meu espírito,
desencontros de uma vida inteira,
me tornei um vampiro de emoções,
faminto e sedento de desejos do amor,
acorrentado nas minhas próprias sombras,
sem poder sentir ao calor das almas vivas,
um tempo de ilusões e mentiras liberadas,
uma existência sem sentido, marcado pelo vazio.


Quando me entendi,
percebi que já era tarde demais,
os anjos e demônios desistiram de mim,
fui me perdendo na crueldade do tempo,
sou um zumbi vagando a noite,
se perdendo na estrada de minhas ilusões,
meu grande sonho se tornou um pesadelo,
parei de querer ser um romântico,
desacreditei completamente na vida,
e enterrei a utopia do amor.


......................................André Prado

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